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sábado, 7 de abril de 2012

O jornalista





jornalista não fala – informa;

jornalista não vai a festas – faz cobertura;

jornalista não acha – tem opinião;

jornalista não faz fofoca – transmite informações inúteis;

jornalista não pára – faz pausa;

jornalista não mente – equivoca-se;

jornalista não chora – emociona-se;

jornalista não some – trabalha em off;

jornalista não lê – busca informação;

jornalista não traz novidade – dá furo de reportagem;

jornalista não tem problema – tem situação;

jornalista não tem muitos amigos – tem muitos contatos;

jornalista não briga – debate;

jornalista não usa carro – mas sim veículo;

jornalista não passeia – viaja a trabalho;

jornalista não conversa – entrevista;

jornalista não faz lanche – almoça em horário incomum;

jornalista não é chato – é crítico;

jornalista não tem olheiras – tem marcas de guerra;

jornalista não se confunde – perde a pauta;

jornalista não esquece de assinar – é anônimo;

jornalista não se acha – ele já é reconhecido;

jornalista não influencia – forma opinião;

jornalista não conta história – reconstrói;

jornalista não omite fatos – edita-os;

jornalista não pensa em trabalho – vive o trabalho;

jornalista não é esquecido – é eternizado pela crítica;

jornalista não morre – põe um ponto final.


Dia do Jornalista







O que cabe na caixa do jornalista?

(*) Evilângela Lima

“Na lata do poeta tudonada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível”

Gilberto Gil declarou que o poeta possui a missão de fazer caber na lata o incabível.

E o jornalista? Qual sua missão?

Fazer caber na caixa de texto a verdade, o clamor de quem sofre, a decisão política e judicial que transformará vidas, a denúncia…

Neste 7 de abril, Dia do Jornalista, quero deixar minha grande admiração a todos os jornalistas, homens e mulheres que se descobriram profetas de um mundo mais justo e humano. Que fazem de suas profissões instrumento de mudanças, que não se acovardam diante das ameaças, que se comovem com atitudes simples, mas verdadeiras.

A você, jornalista Hiroshi Bogéa, meu enorme carinho. Sempre acompanhei sua carreira. Apaixonado pela profissão, dedicado em descobrir o escondido, mexendo e remexendo na estrutura da sociedade através de suas palavras, destemido enquanto homem que sonha, vive, canta, poetiza o ser humano.

O que cabe na caixa do jornalista? Cabe tudo, e mais um pouquinho…

Quando criança, eu assistia um programa apresentado por você, Hiroshi, depois, esporadicamente, lia matérias suas em jornais. Até que um dia, fazendo uma pesquisa na Internet, me deparei com um blog, pensei: será?. Fui ver. Não é que era você? Li meio que na dúvida, no outro dia voltei, e fui voltando todos os dias. Chegava no trabalho comentando o que havia lido, todos ficavam surpresos: Quem fica te falando essas coisas? Tem um informante?

Claro, meu informante era o Blog do Hiroshi. Depois que fiquei viciada no blog, percebi, cheia de orgulho, que outras, centenas, milhares de pessoas estavam dependentes do blog também.

Hoje é fácil esbarrar na rua com alguém que leu algo no blog do Hiroshi, porque seus leitores, Hiroshi, são milhares de homens e mulheres, das mais diversas profissões, que o tem como fonte de informação e cultura.

Seu legado ficará para sempre registrado. O Blog do HB tornou-se o jornal diário do sul paraense, do marabaense, do povo do Norte.

Não sei como consegue alimentar o blog com tanta rapidez e qualidade, mas continue na luta jornalística. Seu trabalho não é em vão.

Seja a voz, a letra, a palavra do mudo e oprimido, de quem silencia por medo, do povo que trabalha e é explorado.

Parabéns pelo seu dia, jornalista!